Ao elaborar um projeto construtivo com base nas premissas de acessibilidade, o arquiteto deve levar em conta os futuros usuários do empreendimento. Os equipamentos públicos, privados ou não serão utilizados pelas pessoas que compõem a sociedade – sejam eles portadores ou não de deficiências ou mobilidade reduzida, idosos, gestantes e pessoas com carrinho de bebê – e o profissional deve desenvolver seus projetos com soluções que atendam a essa diversidade. A arquitetura não pode ser focada em apenas um seguimento da população. Deve atender a todos.
No processo da concepção do projeto e na construção dos edifícios, o arquiteto deve considerar a diversidade quanto a sexo, dimensões, idade, cultura, destreza, força e demais características do ser humano, para evitar que apenas uma parcela da sociedade possa utilizar os espaços confortavelmente.
O arquiteto precisa estar atento aos detalhes, pois uma edificação pode ser mais ou menos acessível dependendo dos materiais escolhidos. Ele precisa evitar que a planta da edificação seja um labirinto e definir cores diferentes para as paredes, realçando também os batentes com objetivo de auxiliar a locomoção de pessoas com problemas visuais. Em todos os ambientes, as portas devem ter 80 cm de largura e ser equipadas com maçanetas de alavanca, evitando esforço físico – as do tipo bola devem ser evitadas. Nos banheiros é importante prever a colocação de piso antiderrapante e utilizar metais que tenham cruzeta, tipo alavanca. Também deve-se evitar os volantes de torneira tipo bola, pois a pessoa com a mão molhada não consegue acioná-la. Junto à bacia sanitária, na lateral e no fundo, devem ser colocadas barras horizontais para apoio e transferência, com comprimento mínimo de 0,85 m a 0,75 m de altura do piso acabado. A descarga precisa ficar a 1,00 m de altura em sistema de alavanca ou automático.